Em Angola, falar de jornalismo com paixão, ética e uma pitada de irreverência é, inevitavelmente, falar de Maria Luísa Rogério. Referência incontornável da comunicação social angolana, Maria Luísa construiu uma carreira sólida, marcada pela integridade profissional e uma presença firme nos bastidores – e nos holofotes – da informação nacional. Dona de uma voz distinta, verticalidade ética, de opiniões certeiras e de uma linguagem apurada, ela é mais do que uma jornalista – é a representatividade das mulheres angolanas, Ousou informar com coragem.

A sua caminhada no jornalismo começou numa Angola que ainda se encontrava a redefinir os seus contornos sociais e políticos. Nesse contexto, Luísa Rogério destacou-se por uma prática jornalística comprometida com a verdade e com o dever de informar. A sua passagem pelo Jornal de Angola e Televisão Pública de Angola (TPA), onde foi jornalista e também chefe de redação, marcou uma época em que o jornalismo nacional começou a moldar-se com mais profissionalismo, responsabilidade e rosto feminino.

Conhecida pela profundidade das suas análises, clareza com que comunica temas complexos e pela frontalidade com que aborda a actualidade. A sua presença em debates, programas televisivos e iniciativas jornalísticas continua a ser uma aula viva para qualquer aspirante a comunicador.

Mais do que notícia: uma forma de estar

Maria Luísa nunca se limitou ao guião. O seu estilo de vida reflecte um compromisso com o pensamento crítico, com a defesa da verdade e com a liberdade de expressão. A forma como se posiciona – com calma, mas firmeza – tornou-a numa figura de referência para muitas jovens jornalistas que hoje se lançam na profissão.

Dona da sua palavra, como tantos a descrevem, ela sabe o peso de cada frase e não desperdiça nenhuma. Com um estilo sóbrio e elegante, Maria Luísa representa a força da mulher que não cede à pressão do sensacionalismo nem à leveza da superficialidade. Informa, transforma e inspira.

Uma senhora inspiração com legado

A sua carreira ganhou destaque na Televisão Pública de Angola (TPA), onde durante anos desempenhou um papel de relevo, não apenas como jornalista, mas também como chefe de redacção. Foi neste espaço que consolidou o seu nome como uma das vozes mais respeitadas da imprensa televisiva, conhecida pela postura ética, clareza nas abordagens e seriedade com que tratava cada tema. Maria Luísa tornou-se presença habitual em coberturas de relevância nacional, entrevistas de peso e análises que atravessaram fronteiras.

Ao longo dos anos, participou ainda em diversas formações, conferências e intercâmbios internacionais que contribuíram para o seu crescimento profissional e para a consolidação da imagem de Angola no panorama mediático africano. Reconhecida por pares e por quem a segue, é frequentemente convidada a partilhar a sua experiência em fóruns sobre liberdade de imprensa, ética jornalística e o papel das mulheres nos media.

Na sua carreira, Maria Luísa Rogério abriu caminho não apenas para si, mas para toda uma geração que hoje olha para o jornalismo como uma ferramenta de mudança. O seu legado vai além das redacções: está presente na forma como se formam novas vozes, como se discute o país e como se valoriza o papel das mulheres na construção da narrativa nacional.

Maria Luísa Rogério não é apenas uma jornalista, é uma mulher que soube transformar a sua profissão numa missão. E, ao fazê-lo, transformou-se também num espelho onde muitas outras mulheres se revêem e se inspiram e recentemente, foi condecorada com a Medalha Comemorativa Alusiva ao 50* Aniversário da Independência Nacional, da Classe Paz e Desenvolvimento!

Sinto-me honrada por ter sido condecorada pelo “papel de realce na luta pela conquista e manutenção da paz e harmonia entre os angolanos, no espírito de reconciliação nacional …” conforme se lê no certificado. Tal como os demais condecorados, recebi a medalha do Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço. – Maria Luísa Rogério

 

Deixe o seu comentário