Carla Castro, jornalista, é uma referência incontornável na comunicação angolana. Com quase quatro décadas de carreira, tornou-se uma inspiração para muitas mulheres na comunicação. A sua voz educa, transforma e marca presença tanto nos microfones quanto no coração do público.

O surgimento de uma voz jovem

Desde muito jovem, Carla demonstrou ter uma paixão e talento pela comunicação. Aos 15 anos, já utilizava a sua voz como ferramenta de expressão e trabalho. Em 1985, ingressou na Rádio Nacional de Angola (RNA), num tempo em que poucas mulheres ocupavam espaços nos meios de comunicação, e quase nenhuma tão jovem. Desde então, fez do microfone uma extensão da sua identidade e da comunicação um compromisso com o país.

Ao longo da carreira, foi muito além da locução, liderou programas, coordenou emissões e assumiu cargos de gestão, como subdirectora do Canal A e directora de programas na RNA. Sempre com uma presença firme e sensível, tanto nos bastidores quanto no ar.

Entre a rádio, a televisão e o coração do público

A sua trajectória não se limitou à rádio. Entre 1986 e 1995, apresentou o programa Ecran na TPA, dedicado ao cinema. Entre 2008 e 2011, tornou-se um dos rostos mais conhecidos da TV Zimbo, como pivô do Jornal da Noite.

Com uma postura ética e voz inconfundível, Carla construiu uma reputação sólida. Em 2016, recebeu o Prémio Nacional de Jornalismo de Rádio pelo trabalho no Magazine da Manhã. Um ano depois, foi homenageada nas Divas Angola, pelo impacto duradouro na comunicação angolana.

Em Julho de 2025, licenciou-se em Comunicação Social pela Universidade Privada de Angola (UPRA) e no mesmo mês, foi condecorada pelo Presidente da República de Angola, na classe Paz e Desenvolvimento.

“Este reconhecimento reforça o meu compromisso com o jornalismo responsável, ético e construtivo, uma missão que exerço com profundo respeito pela profissão e pelas pessoas. Obrigada a quem me acompanha, inspira e apoia. Seguimos com verdade, com voz e com alma”,

Carla Castro Conderada pelo Presidente Nacional da República

Mais do que uma voz, uma mentora

Hoje, Carla continua a comunicar em novos formatos e a actuar como mestre de cerimónias em eventos corporativos, galas e conferências, além de emprestar a voz a spots publicitários e vídeos institucionais.

Mas, o seu papel mais relevante é como formadora de novas vozes, apoiando a construção de uma nova geração de comunicadores. Um gesto de partilha que reflecte o compromisso com a profissão e com Angola.

Dar visibilidade às conquistas silenciosas

Durante a gala Divas Angola, Carla reforçou a importância de reconhecer o trabalho invisível de tantas mulheres:

“É preciso dar visibilidade às mulheres que, apesar do mérito, continuam a ser preteridas. Há muitas angolanas a fazer algo por esta pátria — e merecem ser reconhecidas.”
— Carla Castro

O seu apelo é um lembrete essencial, médicas, professoras, jornalistas e tantas outras mulheres transformam Angola diariamente, muitas vezes sem palco.

Uma referência viva da comunicação angolana

O legado que Carla deseja deixar é simples, mas poderoso: ser lembrada como alguém que contribuiu para a comunicação em Angola. Para quem acompanha a sua trajectória, esse legado já é evidente.

Carla moldou o jornalismo com ética e empatia, inspirou jovens com a sua presença firme e ensinou que comunicar é também ouvir. Hoje, o seu nome está entre os mais respeitados da comunicação angolana e no coração de quem acredita que dar voz às mulheres é dar voz ao futuro.

Qual é o momento da carreira de Carla Castro que mais a inspirou? Partilhe a sua opinião nos comentários e participe da conversa sobre mulheres que transformam a comunicação em Angola.

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