Com o coração cheio de gratidão e a alma de quem deu tudo em campo, Teresa Patrícia de Almeida, mais conhecida como , despediu-se oficialmente da Selecção Nacional Sénior Feminina de Andebol. O momento, marcado por emoção e reconhecimento, simboliza o fim de uma era para o desporto angolano – e o início de um novo capítulo na vida de uma das maiores guardiãs de baliza que o país já viu.

Natural de Luanda, Bá começou a jogar andebol ainda adolescente, guiada pela paixão e disciplina que rapidamente a destacaram no cenário nacional. Com reflexos rápidos, postura firme e um instinto quase poético para defender, tornou-se a guarda-redes de referência da selecção durante quase vinte anos. Representou Angola em Campeonatos Africanos, Mundiais e nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, sempre com a bandeira no peito e o sorriso de quem honra a sua pátria.

Aos 37 anos, decidiu despedir-se do campo, mas não do andebol. Bá continuará ligada ao desporto, agora em funções administrativas no Petro de Luanda, clube onde construiu grande parte da sua carreira. Uma transição natural para quem sempre liderou com exemplo e espírito de equipa.

Durante a cerimónia de despedida, integrada no Torneio Internacional “Angola 50 Anos”, Bá partilhou palavras de emoção e esperança, reafirmando o amor que sente pelo andebol e pela geração de atletas que ajudou a formar. “Foram anos de entrega total, de sacrifício e de muitas vitórias. Saio de cabeça erguida e com o coração cheio”, declarou.

Mais do que uma atleta, Teresa Bá é símbolo de persistência, liderança e representatividade feminina. Numa modalidade onde o esforço físico se mistura com a inteligência emocional, ela mostrou que o verdadeiro talento nasce da disciplina e da fé em si mesma.

A sua despedida inspira uma nova geração de meninas angolanas a acreditar no desporto como caminho de realização e transformação. Afinal, as defesas de Bá não foram apenas contra bolas – foram contra o medo, o preconceito e os limites.

Teresa Bá deixa o campo, mas o seu legado continua a defender os sonhos de todas as mulheres que ousam lutar pelo impossível.
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