Empoderar mulheres é torná-las capazes. Muitas vezes, quando ouvimos falar em “empoderamento”, pensamos se tratar de algo subjectivo, baseado em opiniões pessoais ou em conflito com crenças e valores limitantes relacionados à discriminação ou a situações menos favoráveis que as mulheres enfrentam.
No entanto, de acordo com o dicionário de significados brasileiro, “empoderar” é um verbo que se refere ao acto de dar ou conceder poder a si mesmo ou a outrem. Nesse sentido, empoderamento passa a não ser um conceito subjectivo, mas sim uma acção que pode ser praticada e aplicada na vida real.
Em virtude do Mês da Mulher, acredita-se que tenha sido esta a causa da avalanche de opiniões e análises sobre o significado de “empoderamento”, várias são as pessoas que teceram comentários a respeito, e para para não discutirmos algo que desconhecemos, compartilharemos algumas dicas importantes para compreendermos melhor esse termo e sua aplicação prática.
“Empoderar” é um verbo que denota a acção ou seja, refere-se ao acto de dar ou conceder poder a si mesmo ou a outrem. Logo, não pode ser considerado errado, mas sim um acto de solidariedade, justiça social, sororidade ou mesmo de amor.
Empoderar é capacitar alguém com conhecimento, técnicas e ferramentas para tornar-se capaz de realizar, viabilizar e concretizar algo. É dar à alguém a oportunidade de aprender a fazer.”
(minha definição pessoal)
Temos grandes referências angolanas de mulheres que criam projectos, negócios e ações para empoderar outras mulheres contribuindo para gerar valor e mudar as condições de vida pessoal, social, financeira ou de outra forma, capacitando mulheres com as ferramentas necessárias para se tornarem melhores e mais capazes. Já diz o provérbio africano:
Quem educa uma mulher, educa uma sociedade.
Provérbio africano
Empoderar é tornar alguém capaz, e vou deixar aqui algumas referência de mulheres angolanas (há muitas mais) que têm feito um trabalho real sobre empoderar de forma correta. Visitem os links (é só clicar nos nomes) e compreendam o trabalho (pois faz parte do trabalho delas) e a dedicação destas mulheres em prol do empoderamento. São elas:
Maria Uini Baptista – BOVE 360
Neuza Pinto – Kitadi Finanças
Carmen Mateia – Gender activist | Feminist | Youth Advocacy Trainer
Eva Rosa Santos – Liderança Feminina
Com essas referências, podemos entender melhor como o empoderamento feminino pode ser aplicado na prática, e como pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar as mulheres a se tornarem mais independentes, confiantes e capazes de realizar os seus sonhos e objectivos.
Além disso, é importante destacar que o empoderar não se aplica apenas a questões sobre igualdade de género, mas também a questões de justiça social. As mulheres enfrentam muitos obstáculos na sua jornada, incluindo a descriminalização de género, a violência doméstica, a falta de oportunidades de educação e emprego, entre outros desafios.
Por isso, é fundamental que a sociedade como um todo se envolva no processo de empoderamento feminino, apoiando e incentivando as mulheres a terem voz e poder de decisão em suas vidas. Isso pode ser feito através de políticas que promovam a igualdade de género, programas de educação e capacitação para mulheres.
No entanto, o empoderamento feminino é uma responsabilidade nossa, podemos todas de alguma forma contribuir para esse processo, apoiando as mulheres em nossas vidas, criando oportunidades para com pequenas acções poderem fazer uma grande diferença nas suas vidas, e todas nós podermos fazer a nossa parte para ajudar a construir um mundo mais justo e deixar bem claro que não é uma palavra da moda ou uma tendência temporária, mas sim um forte processo para ajudar as mulheres a superar desafios e alcançar os seus sonhos e objectivos.
E, ao destacar as referências angolanas que criam projectos e acções para empoderar outras mulheres, estamos a reconhecer e celebrar as mulheres que estão fazer a diferença e a inspirar outras mulheres a fazer o mesmo.