Não podemos ter tudo, pelo menos não o tempo todo.
Vários são os pilares que compõem as nossas vidas e, convenhamos em concordar que, de mulher para mulher, varia a importância, tempo, empenho e dedicação que empregamos a cada um deles. Não podemos ser a melhor mãe, a filha excelente, a irmã perfeita, a esposa sem falhas, a namorada top, a dona de casa sem quedas e muito menos a profissional sublime ou a melhor cidadã comunitária, pelo menos não o tempo todo.
Em certos momentos da vida, é normal nos concentrarmos em determinadas áreas. À medida que direcionámos mais energias para uma área, as outras podem ficar em segundo plano, e não há
absolutamente nada de errado com isso. Torna-se crucial reconhecer que não podemos manter tudo equilibrado o tempo todo; é ilusório, humanamente impossível.
O verdadeiro equilíbrio, passa por compreender que é aceitável falhar
O verdadeiro equilíbrio, passa por compreender que é aceitável falhar, que é compreensível ter menos disponibilidade para determinadas coisas em detrimento do que é prioritário no momento, e principalmente, pedir ajuda, porque é o que é necessário a dada altura.
Precisamos encontrar tempo e espaço para todas as áreas da vida. Esse é o verdadeiro jogo de cintura: entender que daremos mais atenção a algumas áreas enquanto outras ficam em segundo plano temporariamente, e que facilmente podemos inverter consoante as necessidades.
Pensem no exemplo de uma mulher que decide investir mais na carreira, no empreendedorismo que recentemente abraçou, e na sua família nuclear, pois tem noção que é necessário.
Contudo, entende que, em algum momento, deverá planear passar mais tempo com a família extensa, tirar férias ou cuidar mais de si, pois o seu foco e empenho em determinadas áreas agora pode fazer com que a curto, médio ou a longo prazo sinta que descurou das outras igualmente importantes, o que é quase inevitável.
Não podemos ter tudo, pelo menos não o tempo todo.
Noutra nota, para chamar atenção de que nada disso é possível sem ajuda, e que é preciso saber gritar, suponhamos que outra mulher vá diminuir a atenção que emprega à sua relação conjugal ou o tempo de qualidade que tem com os filhos temporariamente para voltar a estudar, torna-se necessário investir num diálogo com a família e certificar-se de que todos à sua volta compreendam por que precisa desse apoio. Atenção que é provável que não vá resultar de primeira, mas essa readaptação exige força de vontade, persistência e consistência.
Por nós, pelo nosso bem estar físico e psicológico, pela estabilidade e coesão familiar de que tanto precisamos para nos mantermos firmes e fortes, pelos nossos objetivos, aceitemos que por mais fortes que sejamos, não é possível sem suporte e não podemos ter tudo, pelo menos não o tempo todo. Acreditar no contrário é demasiado exigente e quase desumano.
Não podem ter tudo, o tempo todo, mas podem ser sempre fonte de inspiração e motivação.
O “excesso” de planeamento da carreira e/ou da própria vida pessoal pode levar à sensação de falhanço ou mesmo ao falhanço. É com ele que se aprende, é com ele que se evolui.
Cruzei-me com com Mulheres inspiradoras e motivadoras ao longo da minha vida e da minha carreira profissional…nenhuma era(é) prefeita!
Exatamente Luís, o convite é desligarmo-nos dessa ideia de perfeição e aceitarmos que somos humanas, que falhamos e certamos, precisamos de ajuda tal como damos suporte, dizemos não sem culpa, e está tudo bem.
Simples, informativo e reconfortantes. Que todas nós entendamos a verdadeira mensagem por detrás destas belas palavras e que saibamos “gritar” por ajuda sem culpa… obrigada por isso
Obrigada por estar connosco Anaílde Costa e por interagir aqui.
Esperamos que cada mulher tenha o privilégio de encontrar uma rede de apoio.
O artigo é tão curto, mas tão necessário e tão claro.
Muito obrigada pelo post 👏👏👏👏👏
Creuma,
Obrigada por estares aqui. Vamos ter mais artigos nesta série sobre saúde mental escritos pela Elsa.
Continua a acompanhar-nos.
Nada por isso, Natália ❤️