Nos últimos anos, a prática de actividades físicas tem conquistado cada vez mais mulheres e o termo “fitness” deixou de ser apenas uma descrição para um estilo de vida saudável e tornou-se quase um movimento social, especialmente entre as mulheres. As redes sociais estão repletas de treinos funcionais, marmitas saudáveis e corpos esculpidos que moldam um novo ideal de bem-estar: ser activa, disciplinada e de preferencia, com abdómen definido.
Mas afinal, porque todas resolveram ser fitness?
Entre a pressão social e o auto-cuidado
Parte dessa tendência tem a ver com uma maior consciência sobre a saúde física e mental, prevenção de doenças, bem-estar emocional e qualidade de vida. A actividade física regular é reconhecida como uma aliada da saúde física e mental, reduzindo o stress, combatendo a ansiedade e aumentando a autoestima.
No entanto, não se pode ignorar a pressão social. Vivemos numa era onde a imagem está constantemente exposta e julgada. A cultura do corpo ideal, muitas vezes inalcançável e padronizado, influencia silenciosamente as nossas escolhas e rotinas. É fácil confundir cuidado com estética, saúde com validação.
Ainda assim, há algo de profundamente libertador quando uma mulher escolhe mexer-se por ela. Quando o treino deixa de ser punição e passa a ser celebração. Quando cada gota de suor não é por um número na balança, mas por uma sensação de conquista.
Ser fitness pode significar muitas coisas: resistência, energia, foco, organização, compromisso. Pode significar estar atenta a si mesma, respeitar o seu corpo, escutar os seus limites e desafios. Pode ser uma ferramenta de auto-construção poderosa.
As modalidades mais escolhidas por mulheres
As mulheres têm explorado cada vez mais modalidades variadas e adaptadas ao seu ritmo e estilo de vida. Entre as mais populares, destacam-se:
- Treino funcional: pela versatilidade, dinâmica e foco em força, resistência e equilíbrio.
- Pilates: excelente para fortalecer a zona abdominal e lombar, melhorar a postura e flexibilidade.
- Yoga: une corpo e mente, trabalha a respiração, concentração e elasticidade.
- Dança: Zumba, afrohouse, dança contemporânea e outras que permitem expressão corporal com diversão.
- Musculação: cada vez mais presente na rotina feminina, ajuda na tonificação, força e metabolismo.
- Caminhada e corrida: práticas simples, acessíveis e eficazes para quem procura actividade cardiovascular e momentos de introspecção.
A escolha da modalidade deve considerar o prazer, o conforto, o tempo disponível e os objectivos pessoais. Não existe um único caminho – o melhor é aquele que se adapta à tua realidade.
Boas práticas para uma rotina equilibrada
- Define o teu motivo pessoal: Não faças exercício por modas. Encontra a razão que te move: saúde, mobilidade, prazer, energia.
- Escuta o teu corpo: Nem todos os dias são iguais. Descansa quando for preciso, adapta o treino, sê gentil contigo.
- Evita comparações: Cada corpo tem uma história, um tempo e um ritmo. Segue o teu.
- Procura profissionais credenciados: Seja para acompanhar o treino ou para ajustar a alimentação.
- Faz da actividade física um momento de prazer: Dança, caminha, corre, pratica yoga, salta corda. O importante é mexer-se com alegria.
No fim das contas…
Não se trata de todas serem fitness. Trata-se de todas terem o direito de cuidar do seu corpo da forma que quiserem, sem pressão, sem culpa, sem imposições.
A actividade física não é apenas sobre transformar o corpo. É, acima de tudo, sobre transformar a relação com ele. E isso, sim, pode ser revolução.