Prazer, sou a Paula Silva e essa é a minha história!

A minha história está longe de ser perfeita. É uma jornada cheia de altos e baixos, de falhas e acertos, de momentos difíceis e de alegrias que me transformaram ao longo do caminho. É uma história marcada pela resiliência, pelo amor incondicional e pela busca constante de equilíbrio entre todos os papéis que a vida me confiou. Sou alguém que ama rir, mesmo que muitas vezes pareça estar de cara “trancada” ou com a expressão séria. Mas dentro de mim, sou um misto de emoções – tenho os meus momentos de inspiração e entusiasmo, mas também aqueles em que me recolho, fico mais reservada, mais pensativa… às vezes até mais triste.

E depois, encontro forças, dou um up e sigo em frente, porque a vida é feita de ciclos e cada um deles tem o seu propósito. Vivo entre dois tempos: aquela que brilha rodeada de pessoas e aquela que precisa do seu espaço para respirar e reflectir.
Houve momentos na minha vida em que tentei ser tudo para todos, esquecendo-me de mim. Esqueci-me tantas vezes de cuidar de quem mais precisava de mim: eu própria. Carreguei pesos que não eram meus, vivi para corresponder a expectativas que nunca foram feitas para mim. Perdi-me no meio disso tudo e demorei a perceber que não precisava de agradar a todos, mas apenas de ser fiel a mim mesma. Com o tempo, aprendi que errar não é o fim do mundo, que falhar é natural, e que o mais importante não é evitar as quedas, mas sim a forma como escolhemos levantar e seguir em frente.

Eu amo, amo muitoooooo .,. Amo o meu marido, as minhas filhas, a minha família, os meus amigos. Amo ajudar os outros, sem esperar nada em troca. A vida ganha um sentido mais profundo quando posso fazer a diferença, mesmo que seja em pequenos gestos. Também aprendi a não me cobrar demais, a não tentar ser tudo para todos. As culpas e cobranças desnecessárias só nos pesam. Já tentei agradar a todos e acabei por me perder de mim mesma. Cometi erros, como todos, e sei que falhei muitas vezes. Mas falo das minhas falhas e dos meus erros com honestidade, “não para me justificar”, mas para partilhar o que aprendi. “Já estive nesse lugar, já errei, e hoje sei que podia ter feito diferente”, digo sempre. Não é para evitar que outros falhem (cada um tem o seu caminho), mas para mostrar que sempre há uma forma de recomeçar e seguir em frente.

Não controlamos o nosso passado, mas definimos o nosso destino. Quando me tornei mãe (atípica), o mundo ganhou outra dimensão. A minha Jocelyn nasceu tão frágil – um bebé de 1 kg 900 gr – e, ao mesmo tempo, tão forte. Disseram-nos que não teríamos nem um ano juntas e, no entanto, aqui estamos – 17 anos de vida, graça e bênçãos. Ela ensinou-me a ser melhor, a ver o mundo com outros olhos e a valorizar cada pequeno momento. Foi com ela que aprendi o verdadeiro significado da paciência, da esperança e do amor incondicional. Depois veio a Mlee, a menina dos meus olhos, com a sua luz única, o seu coração doce e um feitio só dela – tantas vezes difícil de entender, mas que a torna ainda mais especial. E por fim, Ayanna, o nosso pacotinho de amor, que nos enche de sorrisos e abraços, lembrando-nos todos os dias da beleza das coisas simples.

Amoooo ser mãe destas três princesas, que fazem de mim uma mulher mais forte, mais grata e infinitamente mais feliz. E ao meu lado, tenho o meu marido, que faz parte desta caminhada. Entre risos, discussões e teimosias, seguimos juntos, aprendendo um com o outro, acertando e errando, mas sempre escolhendo continuar. É ele que me desafia, que me puxa para discussões sem fim, mas que também me conhece como ninguém. Sabe o que gosto de comer, conhece os meus dias de TPM (e ainda está a aprender a sobreviver a eles), sabe quando preciso do meu momento com as “bruxinhas” para recarregar e respeita os meus silêncios, mesmo sem os entender.

E mesmo assim, continua a insistir em experimentar coisas novas quando eu só quero sushi, desafia-me a sair da rotina quando eu só quero ir aos mesmos sítios, tenta convencer-me a sair de casa quando tudo o que preciso é do meu canto. No fim, é assim que nos equilibramos – entre as diferenças, os desafios e o amor que, apesar de tudo, nos faz escolher um ao outro, dia após dia.
A minha mente salta de um assunto para outro, às vezes sem aviso. Quem me conhece sabe – ou apanhas o meu raciocínio ou ficas pelo caminho. Mas isso faz parte de quem sou, do turbilhão de ideias, sentimentos e reflexões que me acompanham.

E nas amizades? Ah, nelas também sou assim. Não preciso de estar sempre presente para amar os meus amigos. As conexões verdadeiras não se medem pelo número de mensagens trocadas ou pelos encontros marcados. Medem-se pela certeza de que, quando for preciso, estamos lá uns para os outros – sem cobranças, sem exigências, apenas com o coração aberto. Porque a amizade, tal como o amor, não se desgasta com a distância, apenas se fortalece com a essência.
Hoje, procuro ser melhor – não para os outros, mas para mim mesma. Quero ser mais leve, viver com mais amor e menos cobranças, e deixar para trás os medos que já não fazem sentido. Quero rir mais, amar mais, cuidar de quem amo e, acima de tudo, cuidar de mim. O meu marido, as minhas filhas e a minha família são o meu porto seguro, a razão pela qual acredito que a vida, com todas as suas imperfeições, é maravilhosa. Eles me ensinam todos os dias a importância de estar presente, de ser grata e de nunca desistir.

Quando olho para trás, vejo uma mulher que passou por muitos desafios, mas que nunca desistiu. Vejo alguém que ama intensamente, que continua a crescer e que, apesar de todas as quedas, escolhe levantar-se todos os dias. A minha história é feita de amor, de gratidão, de perdão, de falhas que me ensinaram e de conquistas que me inspiram a continuar. Cada momento dela trouxe-me até aqui, e é aqui que escolho ser feliz, de coração cheio e com esperança no que ainda está por vir.
Muito prazer, eu sou Paula Silva e Silva, e tu, qual é a tua história?