O Dia da Mãe é, em muitos países, uma das celebrações mais especiais do ano. Um momento de afecto, gratidão e reconhecimento pelo papel insubstituível das mães – em casa, na sociedade e no mundo. Mas se há algo que poucos sabem, é que esta data não é universal. Enquanto alguns países celebram no primeiro domingo de Maio, outros reservam o segundo domingo, ou até dias fixos no calendário.

A razão por detrás desta diversidade não é apenas uma questão de calendário. É, na verdade, um reflexo das culturas, histórias e valores que moldaram cada país.

A origem moderna: dos Estados Unidos para o mundo

A celebração do Dia da Mãe, tal como a conhecemos hoje, nasceu nos Estados Unidos, no início do século XX. Foi Anna Jarvis quem, em homenagem à sua própria mãe, lançou uma campanha para criar uma data dedicada às mães. Em 1914, o presidente Woodrow Wilson oficializou o segundo domingo de Maio como Dia das Mães – tradição que viria a ser adoptada em muitos outros países, incluindo o Brasil.

O objectivo? Homenagear o amor materno, a dedicação e o papel social das mães. Uma causa nobre, que rapidamente ganhou dimensão global.

Datas diferentes, histórias distintas

Apesar da origem comum, muitos países adaptaram a celebração às suas tradições. Eis alguns exemplos:

  • Portugal e Espanha celebram o primeiro domingo de Maio, mês associado a Maria, mãe de Jesus, e ao florescer da primavera – símbolo de renovação e cuidado. Em Portugal, esta data substituiu a antiga comemoração a 8 de Dezembro (Imaculada Conceição), nos anos 1970.
  • Brasil, Angola, Estados Unidos, Alemanha, África do Sul e muitos outros mantêm a celebração no segundo domingo de Maio, seguindo a tradição americana.
  • No Reino Unido, celebra-se o Mothering Sunday no quarto domingo da Quaresma, com raízes na tradição cristã medieval.
  • No México, o Dia das Mães é a 10 de Maio, independentemente do dia da semana – uma data instituída em 1922 e profundamente enraizada na cultura local.
  • Em países como a Tailândia, o Dia da Mãe é celebrado a 12 de Agosto, em homenagem ao aniversário da Rainha Sirikit.
  • Na Noruega, celebra-se a 12 de Fevereiro, como forma de valorizar o papel materno no contexto social e familiar escandinavo.

Mais do que as datas, são os significados a celebrar

Independentemente do dia escolhido, o que realmente importa é o gesto – o reconhecimento. O Dia da Mãe não é (apenas) um presente ou uma flor. É o momento de agradecer pelas noites mal dormidas, pelos abraços silenciosos, pela força invisível que sustenta lares, famílias, projectos e sonhos.

A maternidade é vivida de muitas formas – com ou sem filhos biológicos, com presença física ou emocional, com escolhas conscientes ou desafios imprevistos. E todas essas experiências merecem ser celebradas com verdade e profundidade.

Em Angola, para que domingo é reservado à celebração do Dia da Mãe? Uma oportunidade única não só para agradecer, mas de reflectir sobre os desafios e conquistas da maternidade no nosso contexto social.

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