Uma voz incansável pelos direitos das invisíveis, Varsha Deshpande, activista indiana e fundadora da organização Dalit Mahila Vikas Mandal, acaba de ser reconhecida com o United Nations Population Award 2025, uma das mais altas distinções internacionais no campo dos direitos humanos e desenvolvimento populacional. Esta homenagem assinala os seus 35 anos de activismo dedicados à luta contra a violência de género, o casamento infantil e a promoção da autonomia das mulheres Dalits, grupo historicamente marginalizado e vulnerável na Índia.

Uma trajectória de coragem e transformação

Ao longo de mais de três décadas, Deshpande tem sido uma referência na promoção da justiça social. Através da Dalit Mahila Vikas Mandal, lidera acções de capacitação legal e económica, campanhas contra práticas culturais discriminatórias e um forte movimento pelo acesso à educação e saúde reprodutiva. A sua actuação atinge milhares de mulheres nos estados de Maharashtra e Bihar, onde o silêncio e a opressão têm sido, por séculos, armas de exclusão.

Entre as suas maiores conquistas está a criação de centros de apoio legal e psicológico para mulheres vítimas de violência doméstica e abusos, bem como o desenvolvimento de programas de formação em direitos humanos e cidadania activa.

O prémio da ONU e a força do exemplo

A entrega do United Nations Population Award 2025 reconhece não só a perseverança de Deshpande, mas também o impacto estrutural do seu trabalho. A distinção, atribuída anualmente a personalidades ou instituições que se destacam na promoção da saúde reprodutiva e da equidade, coloca o nome da activista entre os grandes líderes globais da justiça social.

Na cerimónia, os representantes da ONU destacaram a sua coragem e o contributo contínuo para “amplificar vozes silenciadas, quebrar ciclos de opressão e abrir novos caminhos para a dignidade e o progresso das mulheres marginalizadas.”

Um exemplo que ultrapassa fronteiras

Varsha Deshpande é, hoje, uma inspiração para mulheres activistas em todo o mundo, especialmente para aquelas que, em contextos adversos, continuam a lutar por igualdade e justiça. O seu percurso reafirma que transformar vidas começa por escutar, educar e agir com empatia e firmeza.

Quando mulheres lideram com propósito, o mundo escuta e aprende.
Partilha esta história e inspira outras mulheres a fazerem parte da mudança.

Deixe o seu comentário